No dia seguinte a primeira cirurgia a Dorothy voltou para um segundo procedimento: Conter uma hemorragia decorrente do procedimento anterior, o qual, aparentemente, foi mal secedido.
Segunda cirurgia feita, segundo a veterinária, tudo ocorreu bem... A preocupação dela nesse momento (pós-cirúrgico) era encontrar uma justificativa para o que aconteceu: - Seu cachorro pulou no sofá? Não, eu não tenho sofá na minha sala. Subiu escadas? Não, subi com ela no elevador e no colo. Então subiu na sua cama? Não, eu tenho alergia, não deixo a Dorothy subir na minha cama nunca, ainda mais numa situação como essa, mas sim, ela tropeçou bastante, e pelo que você havia me falado, isso era normal, da anestesia.
Quando cheguei para vê-la depois do segundo procedimento, ela estava muito caidinha (óbvio), e com o pêlo bem duro e amarelado, mas de acordo com a veterinária, isso era normal, era só "sujeira da cirurgia". Depois de duas semanas descobri que aquilo não era sujeira e muito menos "normal".
Como ela havia perdido muito sangue, perguntei sobre a necessidade de uma transfusão, ela me disse que tinha feito um exame e não seria necessário.
Bom, a Dorothy passou dois dias internada, eu fiquei preocupada com essa internação, afinal, ela ficaria sozinha a noite, sendo que na clínica não ha ninguém que fique com os cães internados durante a noite, isso porque a noite os cães não passam mal, eles esperam até o horário comercial pra sentir alguma coisa... Mais uma vez ouvi: Posso passar a noite com ela, cobramos uma diária noturna (acho que era esse o nome) se você quiser que eu fique, mas posso garantir, ela vai ficar bem, todos os nossos cães ficam sozinhos a noite, nunca aconteceu nada. Garantias e mais garantias.
Ela passou dois dias bem ruinzinha, a alimentação era forçada, ela mal caminhava, mas isso é normal, ela passou por duas cirurgias, ok!
Na quinta-feira pela manhã quando cheguei para vê-la fiquei muito irritada, ela estava pior do que quarta quando fui vê-la. O que me deixou ainda mais enlouquecida (sim, eu surtei) foi que a caminha dela (um papelão com uma toalha por cima) estava completamente molhada. Na mesma hora saí de lá e fui até outra clínica (que foi muito bem indicada) e perguntei pra veterinária se ela teria condições de receber a Dorothy. Ela ficou um pouco receosa, pegar um animalzinho que está sendo tratado por outra pessoa é anti-ético, e eu concordo, mas eu também deixei bem claro: Preciso de ajuda senão a Dorothy vai morrer e eu não vou deixá-la naquele lugar.
Tirei a Dorothy de lá, depois de assinar um termo me responsabilizando por isso, termo que eu levei comigo, sim, eu estava tão indignada porque a única preocupação da veterinária era encontrar justificativa pro ocorrido que não a própria cirurgia, que acabei não deixando mais nada assinado naquele lugar.
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